terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu modelava

Dia desses vim trabalhar de vestido. Sou uma pessoa tímida e discreta e pensei ter passado despercebida pela portaria, mas eis que o telefone toca:

“Fiquei sabendo que você está uma graça hoje. Vou aí te fotografar.”

Mais tarde a Helena apareceu na minha sala com a máquina em punho, pronta para uma sessão de fotos. O problema é que eu não levo jeito pra modelo, pra fazer caras e bocas; então sempre acho que minhas fotos saem assim...bem mais-ou-menos.

Kátia, à princípio "mais-ou-menos", no seu look meigo: vestido azul rodado e blusa verde de tricô
O vestido de bolinhas, que com o flash ficou parecendo mais um céu de estrelas!
Ontem, mexendo numas fotos antigas, descobri que num passado não tão distante eu pagava de modelo. É minha gente, eu modelava.

Tudo combinando em azul turquesa: saia, blusa, tiara, a melissa e até a roupa da boneca
A pose

Garota do Fantástico 1986
Na laje

E depois a Kátia diz que é tímida... detalhe da pulseira


terça-feira, 24 de maio de 2011

Vovó caia no armário

Vasculhando os armários da vovó, encontrei umas revistas de 1954, Jornal das Moças, ou o Manequim de hoje. Minha vó é filha de costureira com alfaiate, e aprendeu a costurar desde nova. Assinava o tal Jornal das Moças pra ficar por dentro dos modelitos da época, e já ir aprendendo a fazer seus moldes, pra poder cair no armário com elegância. Agora quem está disposta a aprender a costurar sou eu, só falta o tempo e o capricho (sinceramente, não sou lá muita atenta a acabamentos). 
Mas a idéia do post de hoje não é assombrá-los com meus futuros modelitos costurados por mim mesma, mas sim mostrar umas páginas do tal Jornal das Moças, e ver que, fora as cinturas que nunca mais serão as mesmas, os modelos, cores e estampas vão e voltam. E as roupas do carnaval de 50 são as que a gente usa no dia-a-dia, quase. Engraçado é que eu me identifiquei mesmo foi com os vestidos de criança, hehehe.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Moda no mundo bovino

Esse blog está fazendo tanto sucesso que até os animais estão caindo no armário; ou tentando.

Um boi, fã confesso da Lady Gaga, ao ver sua musa trajando um vestido feito de carne pensou: se ela pode, eu também. O bovino, cheio de si, passou a mão no cartão de crédito e se jogou dentro de uma loja. Para seu azar a loja não trabalhava com tamanhos grandes e após uma hora de entra e sai do provador, o pobre boizinho teve que ir embora de mãos vazias.


Leia a notícia na íntegra clicando aqui.

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PS: Post sugerido por nosso amigo Amilton, nosso leitor assíduo de cabelo espetado. Obrigada!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Anagrama

Encontrei a Samantha e elogiei sua roupa elegante: primeiro o colete, num estilo de alfaiataria retrô, um luxo. Depois, comentei da calça de veludo preta, quando ela me corrigiu: 

-Veludo não, amiga, cotelê - colocando a língua pra fora como uma francesa que queimou a língua.

Minha mente então me jogou para um episódio longínquo de minha vida - imaginem como nos filmes, eu rodando e caindo sobre uma superfície psicodélica de sonho, a palavra cotelê ecoando - quando aprendi o significado da palavra anagrama:
Certa vez ganhei de uma amiga muito querida uma camiseta da Candyland. Pois é, há poucos anos atrás eu só usava camiseta, e nada de regata, pois não gostava de mostrar os ombros...pois é, o tempo passa, as coisas mudam, a gente envelhece e muda de idéia. Bom, as camisetas da Candyland tinham estampas únicas, feitas por artistas convidados, e no caso da camiseta que eu ganhei, num tom de verde exército com detalhes em abóbora (para os homens: laranja), a estampa tratava-se de um grafite de um carro estilizado, com a palavra OLIX escrita em caixa alta. A camiseta não era muito grande, visto que era para o meu tamanho, e ela vinha com uma etiqueta pendurada quase do tamanho dela. Nesta, havia a mesma estampa da camiseta, o nome do artista e a explicação do desenho, que era realmente um grafite feito num muro na cidade de São Paulo, e que as letras formavam um anagrama. Fiquei curiosa pra saber o que seria um anagrama, e o maldito dicionário me explicou: quando mudamos a ordem das letras de uma palavra, temos um anagrama, e consequentemente outra palavra, real ou não. Nesse caso, eu estava andando por aí me achando com uma camiseta com um anagrama de LIXO. Maravilha.

Samantha me chama.

- Helena, Helena... por que você tá babando?

Aos poucos, retorno da memória-sonho. Calmamente, como um monge que por anos fitou a mosca sobre o próprio nariz para encontrar a iluminação, digo:

-Sua roupa é um anagrama, Samantha. Cotelê e Colete.
 
Samantha me olha com aquela cara de "ué". Vou embora, com a sensação de ter voltado de uma viagem psicodélica do LSD que eu nunca tomei.


ps.: Como todo mundo pode perceber, tivemos um problema técnico-mental com a fotógrafa, que simplesmente não fez o serviço dela. Esse negócio de contratação pelo menor preço, sabe como é...